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29 novembro 2011

m de mãe e p de pai


a vocês que me estenderam o mundo nas mãos
que me protegem, me guardam e me recebem sempre como se fosse o primeiro dia
que me ensinaram a sentir o sol, a descobrir caminhos distantes, a procurar quem sou
vocês que me ensinam tudo sem pedir nada,
que me dão tudo sem receber nada,
que me apoiam incondicionalmente a cada minuto sem fazer perguntas,
vocês que me deixam ser como sou, sempre
que choram comigo e estendem gargalhadas ao meu lado
e que estão sempre por perto.
.muito obrigada.

aos meus pais.

21 novembro 2011

boa viagem



um ciclo que termina.
um ciclo de uma vida inteira.
éramos tão novos. aquilo por que já passámos. vejo-te partir e desejo-te boa sorte. mas o que queria mesmo era que tudo continuasse exactamente como sempre esteve.
passou-nos uma vida inteira pelas mãos.
entre desatinos, gargalhadas, confidências, lá nos fomos construindo, tu e eu.
até já, querido amigo.

e o peito já aperta com força de saudades do que fomos sendo.

20 novembro 2011

se

se eu soubesse tudo o que sei hoje
se eu fizesse melhor do que fiz
se eu ouvisse
se tu ouvisses
se eu quisesse
se tu estivesses
se eu tivesse feito, se eu tivesse parado a tempo, se eu soubesse o que aí vinha, se aquela porta não tivesse sido fechada e aquele lamento silenciado, se naquele dia, se daquela vez, se em vez daquilo outra coisa

se naquele instante tu, se naquele segundo eu.

se soubessemos melhor
... faríamos melhor.

se ao menos.

18 novembro 2011

noite acordada

a insónia dos dias e das noites em que respirar custa mais
a chuva a bater com força contra a janela como se gritasse um aviso
o coração tum tum tum toma-lá-não-te-queixes-estás-a-ouvir
uma gargalhada sem nome
uma gota de sal no canto do olho sem direção
o caos.

ser tia dela

E ela nasceu.
No dia 12 de Julho de 2011, recebi o telefonema mais bonito.

Invadiu-nos as vidas sem pedir permissão. De rompante, de repente. Lá veio ela mudar tudo. Mudar-nos a todos.
Uma bolinha de ânimo, liberdade, ensinamento, esperança. É isso que ela é.

Chama-se Concha.

E fez de mim uma malabarista diferente.