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24 agosto 2012

a arte de ser feliz

a arte de ser feliz. a arte de fazer felizes os outros. eles. os de quem gostamos tanto.
a arte de saber viver assim, na passagem das horas e dos dias, com os bolsos sempre cheios e os sentidos alerta.
há quem a domine naturalmente, há quem vá aprendendo a dominá-la, há quem nunca o consiga.
ultimamente vivo assim, tonta, inebriada, atabalhoada - ainda mais do que o habitual - de tanto amor, de tão feliz, desta vida tão bonita de repente. desta vida atrevida, que sem permissão me invadiu o peito, a cabeça, o corpo, a casa, as manhãs, os fins-de-semana, as noites.
ser-se assim feliz, em pleno, de corpo e alma, até à mais ínfima fibra da pele, não é tarefa fácil. é preciso uma valente dose de coragem.
para se mudar o que é preciso. para se acabar com o que não faz falta. rompe-se de um só puxão a segurança do hábito, parte-se a normalidade, e os dias deixam de saber ao mesmo, deixam de ter previsão. a casa já não é a mesma, nem sequer a almofada que nos recebe à noite.
inspira-se profundamente e esticamos o peito para a frente, com a força que não usámos no tempo que gastámos até ali e concluímos que afinal de contas, aquela imagem gasta do espelho dos últimos tempos não passa de vapor do chuveiro.
que em cada um de nós reside toda a luz do mundo e que com os outros nos tornamos melhores.
assim, um minuto a seguir ao outro, um dia de cada vez, vamos aprendendo a felicidade. - sim! que também se aprende. e vamos aprendendo a liberdade. [como os meninos à volta da fogueira]
dito assim, mais parece citação de Osho.
mas não quero saber. porque não quero mesmo saber.

há lá coisa mais bonita do que ter encontrado uma vida nova? assim, com mensagens-poema a meio do trabalho, abraços a meio da noite, gargalhadas desenfreadas no meio da rua, danças bonitas no meio do coreto?

a arte de ser feliz com um olhar ao longe, com um sorriso cúmplice, com palavras em guardanapo no frigorífico, com piqueniques no jardim, com sestas na praia, com palavras cruzadas a dois, com grelhados à beira de uma tenda, com uma música que nos faz lembrar.
a arte de ser feliz nos dias normais.
e a arte de retribuir aos outros. eles. os de quem gostamos tanto.




["ai caramba que a miúda não se pode aturar de tão piegas."
não me lixem. aqui quem manda sou eu.]

16 agosto 2012

quando te perdem de vista ao primeiro embate,
o mundo desaba-te sobre os ombros, a testa, os pés, com a força violenta de uma tempestade em alto mar.
numa quase-tontura, perdes os sentidos, a razão, as certezas, perdes até o norte.
e ali ficas, à espera que a tempestade passe, te encontrem de novo e te reconheçam.
que saibam quem és e te segurem ao colo, te levem de volta a casa.



03 agosto 2012

o imenso mar


podia dizer-se tantas coisas sobre isto

fico-me pelo imenso mar. as férias imensas, de tão bonitas. as primeiras de muitas assim mesmo.
simples, memoráveis.