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19 novembro 2013

gosto-vos tanto.

e sim, é mesmo assim que quero começar. afinal, a isto tudo se resume.

gosto-vos tanto, e com tanta força que é quase violento visitar-vos agora. um murro no abdómen de cada vez que vos encontro, cada vez que vos deixo.
vocês, tão infinitamente bonitos, tão profundamente importantes.
costumavam ter tanta força, vocês. costumavam segurar-me pela mão, tomar conta de mim, guardar-me. ensinaram-me a vida, o mundo, as contas, as histórias, as recordações, o tempo. vocês.
tu e ele. ele que vive num mundo quase paralelo, em esforço para se manter à tona. ele, tão mimoso, tão espirituoso, como sempre. e apesar de tanto e de tudo, ainda ele.
tu que te seguras ao meu braço para não cair com essa mão frágil que um dia me ensinou a ralar casca de laranja para "dar gostinho ao bolo".

queria tudo
queria tanto

e nada posso, senão visitar-vos e a cada dia convencer-me de que estão melhor, de que não havia outra solução.
não chores, avó.
por favor.

gosto-vos tanto.



04 novembro 2013


como regressar a casa.
respira fundo.
estás quase lá.