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24 maio 2012

da família

cá dentro, bem guardados no peito, trago comigo
todos os lugares por que passei
todas as vidas que vivi
trago comigo todos os minutos até esta hora
e trago sobretudo todas as pessoas que por mim passaram.
as que estiveram e ficaram, as que passaram de relâmpago, as que estão, as que vão estando, as que estarão para sempre e as que todos os dias vão estando mais e ficando mais.
como esta nova família tradicional, que de tradicional tem muito pouco, que me enche a cada dança, cada gargalhada, cada nova partilha. esta nova família de pessoas especiais, bonitas. onde aquilo que conta está muito para além do palpável. e onde a dança e a música, são só mais um meio de comunicação. através do qual conversamos e partilhamos o que de mais íntimo temos num abraço forte, luminoso.

porque afinal,
"o essencial é invisível aos olhos. só se vê bem com o coração."



22 maio 2012

a vida que se renova todos os dias.
uma vida nova a cada despertar.
é surpreendente.
"como crianças", dizes e com razão, a cada nova decoberta.

10 maio 2012

e olha, escrevo-te talvez na esperança de que um dia, por acaso, sorte, circunstância, aqui passes e aqui leias o que te quero mesmo dizer, o que sempre te quis dizer e não deixaste. ou o tempo não deixou.
escrevo-te essencialmente para te dizer que jamais quis que tudo acontecesse assim. que jamais vos perdi de vista, jamais vos magoei intencionalmente.
para te dizer também que não posso, nem vou, tolerar que me abanem com a força com que me abanaste e por isso fui embora. só por isso virei as costas. e se isso faz parte da nova malabarista, uma tal que já não conheces, que assim seja. porque esta sou eu agora. a malabarista que como toda a gente, erra. e erra valentemente, ou pouco, conforme o caso. mas que pede desculpa. sobretudo porque não o faz propositadamente. e seria bom que os meus amigos-família, como eram vocês, o soubessem.
e me não perdessem também de vista, assim, à velocidade da luz.
escrevo-te para te dizer que apesar de tudo o que foi dito, de tudo o que ficou por dizer, das lágrimas, da revolta, sobretudo da tristeza e da distância,
as saudades que tenho apertam-me com força o peito.
as saudades das risotas tontas, das partilhas grandes, das cantorias, da ternura.
as saudades vossas.
as tantas e tantas e tantas e tantas e tão grandes saudades dele, o pequenino, mais grandioso que o sol.
escrevo-te na esperança que passes por aqui e saibas que
vos penso
vos lembro
vos guardo.

até um dia.

e que até lá, os vossos dias sejam compostos por nada mais senão a melodia bonita de dias bons, solares, quentes.