andas meses a fio no limiar da estupidez, meses e dias em que só consegues ver o fio da navalha rente ao pescoço. as lágrimas que já não consegues segurar, por tudo e por nada. por nada e por tudo.
e depois,
um dia de sol nasce. e tudo muda contigo.
as horas passam a ser quentes, impregnadas de luz, como um dia de praia que levas ao peito.
e num ápice, em legado de tudo saboreares livremente, preferes andar com medo de que algo mude e os dias voltem ao cinzento que eram.
a.cabeça.é.do.camandro.
deixa levar-te pela maré cheia.
liberta-te, malabarista. liberta-te...
a vida é bonita, os dias também. o que conta é o dia de hoje.
amanhã, logo se vê.