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21 março 2012

gotas, pingos, salpicos.
espirros, lágrimas.
saltaricos, rodopios, braços no ar, saia rodada e cabelos ao vento.
malmequeres e girassóis.
é a primavera.

bem-vinda!

16 março 2012

1 + 1 = 1

e do nada, sem pedires, sem esperares, sem contares com isso, sem tão pouco saberes porquê, a porta abre-se e uma luz forte ilumina-te a casa.
estás do lado de fora a observar tudo, como se não estivesses lá, como se fosses apenas espectador.
sorris sem que ninguém saiba.
observando ainda, apercebes-te que és mesmo tu que ali estás. esta é mesmo a tua casa e esta luz é mesmo para ti.

uma dança bastou.
dois corpos num beijo.
quatro pernas num abraço,
dois corações a bater-mais-depressa-tão-depressa.
o início de uma história que havia já começado sem sabermos, no primeiro suspiro ao nascer. dois capítulos de um mesmo livro, numa existência paralela que, acredito, nos conduziu ao exacto momento por que esperámos uma vida inteira.
uma dança que desafia as elementares leis da matemática. uma dança eterna.

a dança mais bonita,
esta, a da minha vida contigo nela.

13 março 2012

a magnitude dos detalhes

sol quente em bochechas frias.
chá com mel em garganta arranhada.
melodia tranquila, leve, doce.
música.
aragem fresca de manhã ao sair de uma tenda.
vista para o mar.
voo de andorinha.
sorriso largo, que me recebe.
um instrumento de cordas.

assim és tu.

05 março 2012

chegar a casa

há poucas sensações melhores que o deitar-se na própria cama chegado de uma viagem extenuante, longa.
as costas que quase em dor se ajustam ao colchão. o perfume a lençóis lavados a envolver o torso. o repousar das ideias na almofada.
fechar os olhos e ser embalado pelo escuro.
sonhar com novos mundos, outras cores, maiores danças. viajar de novo.
há poucas sensações que se equiparem a esta, mas existem.
chegar a casa, é verdadeiramente bom.