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28 dezembro 2012

chegar ao fim de mais um ano leva-te inevitavelmente à arrumação da casa.
este, foi um ano exigente.
um ano de decisões maiores que cidades, tão importantes quanto respiração. um ano de recordações surpreendentes. um ano difícil. e leve. e colorido. e a preto e branco. um ano de lágrimas espessas, de gargalhadas incontroláveis. um ano de contradições. de texturas, de camadas. de sentires. um ano inteiro de dias cheios, de coração cheio, de braços cheios.
um ano de transformações profundas. dentro e fora. de dentro para fora.

este, foi O ano.
e nem são precisas grandes explicações.
é mesmo assim. tu e eu sabemos bem, e cá dentro, e bem fundo.

feitas as contas, este foi o ano mais feliz da minha vida.
que o próximo seja só a continuação. e que as nossas vidas continuem assim mesmo, preenchidas de dias grandiosos, de poesia sentida, de música falada.

feliz ano novo*


12 dezembro 2012

de mãos abertas, contra o cimento.
as pernas tortas, bambas, penduradas na posição em que perderam a força e fizeram o corpo tombar grave no chão.
olhos semicerrados, braços esfolados. peito dorido.
boca seca, com palavras presas entre dentes. a voz rouca, nua, gasta.
lágrimas espessas, grossas, violentas contra as bochechas.

como boneca de trapos em fotografia a preto e branco.