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31 janeiro 2012

a ciência dos sonhos

olhos arregalados, expectantes. a mão bem esticada lá no alto, "quero falar, quero falar!", segredinhos envergonhados e a imaginação a voar sala de aula fora.
"O que queres ser quando cresceres?"
um clássico, de facto. mas desta vez numa outra língua; hoje é dia de falar de profissões. melhor, de sonhos. daqueles com sabor a caramelo, chocolate e morango. dos coloridos, grandes, maior que própria altura. daqueles que existem hoje e talvez amanhã já tenham desaparecido.
"quero ser escritor. quero ser construtor de legos. quero ser professora. (como eu?) quero ser médico, como o meu pai! quero ser compositor de música ou talvez mágico. jogador de futebol. cozinheiro, para fazer doces todos os dias. quero ser rico e dar emprego a toda a gente. quero ser espião (é spy que se diz, não é?). quero ser piloto de balões de ar, daqueles com um grande cesto. quero ser piloto de ferraris. bailarina. director desta escola. pintor. ladrão do meu próprio banco. vendedor de pipocas. eu quero escrever as tabuletas pequeninas que estão por baixo dos quadros nos museus."
e eis que depois de muito viajar, lá no canto da sala, o Jaime põe o dedo no ar e diz:
"eu quero ser um grifo"

e dou-me conta de que na maior parte das vezes aprendo eu muito mais com eles, do que eles comigo.
aprendo a sonhar de olhos fechados outra vez. e consigo quase imaginar-me num tapete voador a dar a volta ao mundo.

já agora, o que é um grifo?

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