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20 janeiro 2012

Dançar para levitar

a dança como instrumento, como piano, contrabaixo, violino.
a dança como ansiolítico. como pausa. como mergulho no mar.
a dança como silêncio cá dentro.
corpo solto. corpo leve, livre.
num intricado entrelaçado feito de minutos quase eternos, quase infinitos, ao som de uma mazurka.
corpos desconhecidos que conversam entre si. que se seguem.

[ electricidade estática ]

"danças?"
"claro."

assim começa a história.
não se conhecem, nem tão pouco sabem o nome um do outro.
sabem apenas que dançam. e conversam a dançar. a dança como conversa.
ele fala, ela responde. ele fala, ela responde.
duas mãos que se beijam.
quatro pernas que se cumprimentam.
dois braços que se abraçam.
dois corpos que se guiam.

um instante. alguns minutos. uma vida inteira.

1 comentário:

Paulo Oliveira disse...

O que se sente quando se "dança" é uma definição difícil de materializar... excepto quando se escreve assim, bem, com o coração na ponta do lápis, e quando os pés já fizeram o caminho, o corpo foi cúmplice e a alma bebeu desse momento em que o tempo parou.