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06 fevereiro 2012

a indiferente leveza do ser

'opá e podiam-se escrever tantas coisas sobre isto.
sobre isto e sobre nada, realmente. que já pouco resta a dizer.
resta, isso sim, andar para a frente, caramba. de cabeça erguida, a fingir que "estamos bem, obrigadinha", que saúde é que é preciso. 
enfrentar os dias como se não fossem todos iguais, e a vida sempre a mesma. como se fosse tudo novidade e não soubéssemos de antemão o que vai acontecer. que, no fundo, é sempre o mesmo.
a verdade é que sobes sempre a mesma rua, voltas sempre à mesma casa e dormes sempre na mesma cama. a verdade é que às vezes isso sabe bem e outros dias há em que sabe a leite estragado, e que por preguiça lá vai ficando na porta do frigorífico.
finges que assim é que estás bem, que assim é que vale a pena.
e sais de casa com os phones bem pregadinhos aos ouvidos, para ver se disfarça o trânsito. na rua e na cabeça. pequenina-cabeça-que-não-páras-e-já-me-estás-a-irritar.
como se, na verdade, alguém se importasse.
"mais um dia, mais uma viagem."
quem pára, não anda.

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